Nova criação “Rasgar Silêncios” estreia 25.NOV.2021

17 11 2021

Não preciso, não precisamos da vossa pena. Só exigimos que cada pessoa perceba a naturalização sistemática que destinamos às muitas violências que as relações de intimidade podem conter. Que não se calem em relação ao que sofrem, que não guardem silêncio em relação ao sofrimento que vêem ou intuem ver ao vosso redor. Chega de uma sociedade cúmplice e desculpabilizadora dos agressores, quase sempre socialmente tão competentes e normais.
Patrícia dos Santos Pedrosa*

Cresci a ouvir histórias sobre mulheres que eram agredidas. Não contadas por elas, mas por outras pessoas, sobretudo mulheres. Falava-se quase em surdina e com meias palavras, escutavam-se os lamentos muito velados, lamentava-se com olhares baixos e lábios franzidos, mas não se denunciava e muito raramente se confrontava os agressores. Era considerado normal, era aceite. Admitia-se que era terrível, mas era “um mal menor”. E porquê? Porque atrás das expressões “a cada um a sua vida” e “entre marido e mulher não se mete a colher”, estão séculos de patriarcado que parecia (ou parece?) ser suportado pela generalidade das mulheres como se algumas tivessem de ser sacrificadas para que outras valorizassem os seus privilégios e a sua sorte. Quais privilégios? Qual sorte? A liberdade, igualdade, dignidade e fraternidade são direitos humanos sem distinção de género, classe e raça.

Cresci a ouvir histórias sobre mulheres que eram agredidas. Isto nos anos 80 e 90. E depois? E agora em 2021? Continuei e continuo a ouvir estas histórias (daí este espetáculo), com a diferença de que há um enquadramento legal para a violência doméstica e, logo, mais apoio institucional, muito mais denuncias, mais visibilidade mediática e mais sensibilização. Mas a violência continua e outras formas de violência surgem, muitas delas invisíveis, mas igualmente perniciosas.

O espetáculo RASGAR SILÊNCIOS tem como cerne dramatúrgico e performativo textos escritos em sessões de escrita autobiográfica por diferentes mulheres (em termos de idade, profissão, escolaridade e nacionalidade) que têm em comum o facto de serem vítimas de violência doméstica e de género. É um espetáculo de proximidade que procura uma tradução sensível de experiências traumáticas, muitas do domínio do indizível, através da interseção entre teatro, sonoplastia, luz e vídeo composto em tempo real. Foi construído com uma grande ambição: partilhar histórias de vidas de marcadas pela violência e com ELAS chegar a ti e tocar-te.

Os esforços contra a violência deviam começar dentro de cada pessoa, como uma carta de si para si, a refletir sobre “eu potencial vítima ou agressor(a)” e, sobre as vezes que encolhemos os ombros, nos resignámos e nos remetemos para o “não há nada que eu possa fazer” perante uma situação de violência física, psicológica, sexual ou financeira.

Mas, para resolver problemas enraizados, para que processos de mudança de pensamento e comportamento realmente sejam ativados, para além da ação institucional, precisamos do coletivo. E o coletivo pode ser uma plateia ou pessoas vizinhas, familiares, amigas ou colegas. Precisamos de alimentar a proximidade que nos permite fazer uns pelos outros, cuidar uns dos outros, tratarmo-nos melhor, com mais atenção, empatia e generosidade. Precisamos de expor sem peias as muitas e diferentes formas de violência doméstica e de género e falar sobre isso de forma aberta com as crianças, jovens e entre adultos. Refletir mais, fazer melhor, estar mais atento, questionar-nos sobre o que nos acontece e aos outros, ganhar coragem uns com os outros contra o silêncio e a indiferença. Que este espetáculo possa contribuir um pouco para isso e tu também.

Sílvia Pinto Ferreira

*excerto de artigo publicado na edição do jornal O Público de 29 de março de 2019.

Este espetáculo desenvolve-se no âmbito do projeto RASGAR SILÊNCIOS dirigido ao reforço do empoderamento de mulheres sobreviventes de crimes de violência doméstica e de género e à sensibilização da população em geral para o impacto da violência doméstica nas vítimas e na sociedade. O projeto aposta ainda na sensibilização de profissionais de primeira linha de intervenção junto das sobreviventes de violência doméstica e de género. O projeto é promovido por uma parceria coordenada pela CooLabora, com o Município da Covilhã, a Quarta Parede e a Universidade da Beira Interior. Teve início em março de 2019 e terminará em fevereiro de 2022. É financiado pelo Programa Cidadãos Ativ@s / Active Citizens Fund, gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a Fundação Bissaya Barreto.

Ficha Artística e Técnica
Direção artística, dramaturgia e interpretação: Sílvia Pinto Ferreira Paisagens visuais: Raquel Fradique Conceção Sonora: Defski Direção Técnica e Luz: pedro fonseca/coletivo, ac Vozes: Ana Leonor Santos, Celina Gonçalves, Fernanda Lourenço, Maria Belo Costa, Pedro Fonseca, Teresa Correia Figurinos: Tramadesign e Paulo Minguens Serrão Consultoria Artística: Rui Sena Consultoria na Área da Violência Doméstica e de Género: Coolabora Comunicação e Produção: Bruna Kievel Design Gráfico: Raquel Fradique

Área artística: Teatro I Classificação etária: M/14 anos I Duração: aprox. 60min

Agradecimentos: Agueda Simo, Ana Leonor Santos, Celina Gonçalves, Carlos Micaelo Farias, Catarina Sales, Fernanda Lourenço, Maria Belo Costa, Marta Ricardo, Patrícia Pedrosa, Paulo Minguens Serrão, Teresa Correia. A todas as participantes do projeto Rasgar Silêncios cuja coragem, resistência e perseverança são uma inspiração para a vida.

RESERVAS DE BILHETES
E-mail: quartaparedeartesperformativas@gmail.com I Telefone: 926 276 267
*Os bilhetes são gratuitos sujeitos a reserva e à lotação da sala.





Festival Y#17 – Frederico Dinis

11 10 2021

Dia 16.10.2021, às 21h30, no Auditório do Teatro das Beiras/Covilhã, apresentámos o espetáculo TRANSIENT BOUNDARIES de Frederico Dinis

Transient Boundaries é uma performance audiovisual inspirada no património material e imaterial associado aos lanifícios da Covilhã, um território cuja atmosfera tem a capacidade de nos transportar para novas dimensões dos lugares que o integram. Trata-se de um território vivo que se tornou num valor universal, reconhecido pela sua história, e cuja memória preservada nestes lugares remetem para um sentido metafórico de complementaridade, espacial e de natureza geográfica.

© Frederico Dinis

Ficha Artística
Conceito, gravação, edição, som, imagem, composição e interpretação: Frederico Dinis I Produção: Quarta Parede – Festival Y#17 I Apoio: Quarta Parede, Museu de Lanifícios da UBI, New Hand Lab, Pensamento Voador, CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, ObEMMA – Observatory of Electronic Music and Media Art I Agradecimentos: ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa, Tinturaria/Câmara Municipal da Covilhã

Área artística: performance audiovisual/arte site-specific
Classificação etária: M/6

BILHETEIRA E RESERVAS
COVILHÃ > TEATRO DAS BEIRAS

Travessa da Trapa, 2, 6200-216 Covilhã

Horário de bilheteira
2ª feira a 6ª feira: 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00 I Dias de espetáculo, bilheteira aberta 1h00 antes de cada espetáculo

Reserva de bilhetes
Tel. 275 336 163 I geral@teatrodasbeiras.pt

Bilhete geral: 6,00 €
Bilhete c/desconto: 3,00 € (<25 anos, >65 anos, estudantes, profissionais do espetáculo, trabalhadores ADC, sócios INATEL)





EM TRÂNSITO 2021

6 10 2021

EM TRÂNSITO – artes performativas para novos públicos 2021, convida miúdos e graúdos para a descoberta de universos criativos que aliam o lúdico ao estímulo da imaginação e do pensamento. Acreditando que o exercício da sensibilidade artística é uma ferramenta para a vida, esta programação dirige-se à formação de públicos independentemente da sua faixa etária e tem por base uma criteriosa atenção em relação aos conteúdos e formatos dos espetáculos que acolhe.

Em 2021 o EM TRÂNSITO é composto por três espetáculos, entre música, dança e teatro, num total de seis sessões para público escolar e público em geral, com foco nas famílias.

Histórias Magnéticas > Sérgio Pelágio

18.10.2021 I 15h00 I Auditório do Teatro das Beiras I Covilhã

19.10.2021 I 10h30 e 15h00 (duas sessões) I Auditório do Teatro das Beiras I Covilhã

PÚBLICO ESCOLAR

© Carlos Bártolo

Sinopse

As Histórias Magnéticas viajam até à Covilhã para levar uma história-contada-concerto para guitarra elétrica e voz, seguida de um atelier para o público participante. A recente criação de Sérgio Pelágio fala de uma criança que viveu a transição do fascismo para a democracia em Portugal. Uma homenagem à geração de pais e mães que não se resignaram e arriscaram a vida para que hoje possamos viver num país melhor. Sem nunca esquecermos que, hoje como ontem, é preciso estar atento às marés!

Ficha Artística
Composição original, texto original, direção e guitarra elétrica: Sérgio Pelágio I Narração: Isabel Gaivão

Área artística: cruzamentos
Duração: 1h30 (espetáculo + atelier)

Lotação: 30 lugares por sessão. Reserva efetuada por ordem de inscrição e sujeita aos lugares disponíveis no auditório, pelo que a inscrição das turmas é obrigatória e deve ser feita atempadamente. O valor do bilhete para as crianças é de 1€ (um euro).

Contactos para inscrição: 926 276 267 ou quartaparedeartesperformativas@gmail.com

ESTREIA – Famílias > Costanza Givone

23.10.2021 I 14h30 e 17h30 (duas sessões) I Auditório do Teatro das Beiras

© Família Givone

Sinopse

Famílias debruça-se sobre a complexidade e riqueza dos sistemas familiares contemporâneos. Uma performer despe camadas de roupa à medida que revela fragmentos da história da sua família, cada roupa, uma personagem. Um espetáculo-oficina concebido por Costanza Givone, com materiais gráficos de Madalena Matoso, onde as memórias da performer se juntam às das crianças que participam, para construir uma árvore genealógica imaginaria.

Ficha Artística
Criação: Costanza Givone I Materiais gráficos: Madalena Matoso I Produção: Ana Carvalhosa e Cláudia Santos I Co-produção: CRL – Central Elétrica

Área artística: teatro
Tempo: 45min
Classificação etária: M/6

BILHETEIRA E RESERVAS

COVILHÃ > TEATRO DAS BEIRAS
Travessa da Trapa, 2, 6200-216 Covilhã
Horário de bilheteira
2ª feira a 6ª feira: 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00 I Dias de espetáculo, bilheteira aberta 1h00 antes de cada espetáculo

Reserva de bilhetes
Tel. 275 336 163 I geral@teatrodasbeiras.pt

Preços Bilhete
Bilhete geral: 6,00 €
Bilhete c/desconto: 3,00 € (<25 anos, >65 anos, estudantes, profissionais do espetáculo, trabalhadores ADC, sócios INATEL)
Bilhete Público escolar: 1,00 €

GRÃO – Estórias de Criação > Pé de Pano

Dia e local a confirmar

© Helder Milhano

Sinopse

GRÃO – Estórias de Criação é um espetáculo sobre o surgimento das coisas. Lado a lado aparece o surgimento do mundo, do homem, de uma planta, de uma ideia, da palavra, da pintura, da instalação e da performance. Em cena criam-se poemas visuais e performativos construídos numa tensão entre matérias concretas e abstratas, reais e ficcionais, físicas e imaginárias, no qual as palavras estabelecem caminhos paralelos indutores de aconchego e aproximação ou de rasgo e voo para outras dimensões de sentido.

Ficha Artística
Direção artística e interpretação: Maria Belo Costa I Assistência: Sílvia Pinto Ferreira I Composição Sonora: Defski I Desenho de luz: Bruno Santos I Vídeo: Raquel Fradique I Texto: Afonso Cruz I Consultoria artística: Vera Alvelos I Apoio ao Movimento: Peter Michael Dietz

Área artística: cruzamentos
Duração: 50min
Classificação etária: M/3





Festival Y#17 – António Jorge Gonçalves

21 09 2021

No dia 29.09.2021, o Festival Y#17-festival de artes performativas faz um enfoque especial sobre o trabalho do artista visual António Jorge Gonçalves através do lançamento do seu último livro, “Desenhar do Escuro”, em formato masterclass, e da apresentação do espetáculo “Desenhos Efémeros”, com a participação dos músicos Nuno Santos Dias e João Clemente, no Cine-Teatro Avenida em Castelo Branco.

Lançamento-Masterclass do livro “Desenhar do Escuro” > 29.09.2021 I 18h00

© António Jorge Gonçalves

O lançamento do livro “Desenhar do Escuro” de António Jorge Gonçalves será em formato masterclass, no Cine-Teatro Avenida/Castelo Branco, a participação é gratuita e sujeita a inscrição (lotação limitada)

O livro reproduz 82 dos cerca de 300 desenhos que António Jorge Gonçalves fez a lápis branco sobre cadernos pretos em 2020-2021, numa edição do autor com tiragem limitada, assinada e numerada.

Aplicando um processo de inversão – usado na xilogravura, por exemplo – no qual se desenha aquilo que está a branco em vez daquilo que está a preto, o artista registou paisagens urbanas, clausuras domésticas, deambulações pela natureza, uma seleção atenta de fragmentos da vida quotidiana. Na exploração desta linguagem gráfica que lhe é inédita, AJG acaba por perceber que aquelas páginas pretas são como salas às escuras que precisam do lápis branco para revelar o que lá está dentro.

A masterclass destina-se ao público em geral (com duração média de 1h30) desafiando perspetivas sobre o papel da luz na história das artes visuais – desenho, pintura, fotografia, cinema. Abordará também as motivações e técnicas particulares utilizadas na feitura dos desenhos do livro. Caso faça sentido para os participantes, poderá incluir um momento oficinal orientado, com elaboração de desenhos a branco sobre suporte preto.

Inscrição para participação: bilheteira.ctavenida@gmail.com

Espetáculo Desenhos Efémeros > 29.09.2021 I 21h30

© Paula Delecave

No espetáculo “Desenhos Efémeros” o artista António Jorge Gonçalves desenha ao vivo em diálogo com o espaço e com os estímulos sensoriais do momento dos músicos Nuno Santos Dias e João Clemente, com o auxílio de mesa, caneta digitalizadora e uma versão do software Photoshop configurada por si para uso performativo. Sem recurso a material pré-gravado, os desenhos privilegiam uma dinâmica analógica própria de um ato performativo. As imagens, em permanente metamorfose, habitam o espaço ora como suas personagens ora como cenografias mutantes.

Ficha Artística
Artes Visuais: António Jorge Gonçalves I Música: Nuno Santos Dias e João Clemente

Área artística: novos medias/artes visuais

Tempo: 50min

Local: Cine-Teatro Avenida/Castelo Branco

Classificação etária: M/6

BILHETEIRA

CASTELO BRANCO > Cine-Teatro Avenida
Avenida General Humberto Delgado, 6000-081 Castelo Branco

Horário de bilheteira
3ª feira a sábado: 14h00 às 19h00 | Dias de espetáculo: 1h00 antes do espetáculo

Reserva de bilhetes
Tel. 272 349 560 | bilheteira.ctavenida@gmail.com

Preços Bilhete
Espetáculo/Bilhete geral: 5,00 €





Espetáculo Pulsações – Projeto Veleda

20 08 2021

Apresentamos o espetáculo “Pulsações” no dia 18.07.2021 e no dia 01.08.2021, no Auditório do Teatro das Beiras/Covilhã e Auditório da Moagem – Cidade do Engenho e das Artes no Fundão, respetivamente.


PULSAÇÕES é um espetáculo de teatro documental com cocriação e interpretação de 10 mulheres participantes do projeto VELEDA – Mulheres e Monoparentalidade, um projeto artístico e social, promovido pela BEIRA SERRA – Associação de Desenvolvimento com a direção artística da Quarta Parede. Desenvolvido em parceria com os Municípios de Belmonte, Covilhã e Fundão, MDM – Movimento Democrático de Mulheres e UBI – Universidade da Beira Interior e com o apoio da iniciativa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social da Fundação Calouste Gulbenkian.

Créditos: Bruna Kievel
Créditos: Bruna Kievel
Créditos: Bruna Kievel
Créditos: Bruna Kievel




Projeto VELEDA

17 07 2021

Sinopse

PULSAÇÕES é um espetáculo de teatro documental, um manifesto, de um coletivo de mulheres, mães monoparentais. A uma e muitas vozes, a um e diferentes corpos, contamos histórias de mulheres que transportam casas. A carga parece superior às suas forças. Mas há que transportá-la. E, depois, gozar-se disso, ir à praia e desfrutá-la. As histórias contradizem-se. Ela quis tanto ser mãe. Ela nunca quis ser mãe. Ela esconde-se debaixo da cama. Ela não dorme. Ela deixa-se dormir e cai, levanta-se e volta a cair. E, entretanto, está sempre, grita, deixa de, reclama, faz tudo, desarruma, não recusa. É o pior e o melhor. Somos.

Sobre o processo:

“Reclamo porque enquanto mãe quero respeito pelo meu trabalho, pelo meu espaço familiar e privado, quero ter o direito à palavra, à participação (…). Mas queridas mães, nem pensar em dar sinal de desobediência. E “ai!” da mãe que se altere! Estará sempre alerta alguém para destacar os evidentes sinais de loucura da senhora mãe que reclama. E não deveria reclamar?”*

O espetáculo PULSAÇÕES integra o projeto artístico e social Veleda-Mulheres e Monoparentalidade. Tem por base materiais dramatúrgicos e performativos de natureza biográfica levantados nos Laboratórios de Pesquisa Social e Artística (2019-2020) desenvolvidos com 33 mulheres e resulta de uma cocriação entre 10 participantes e uma equipa de profissionais das artes e da área social.

Nestes laboratórios, a prática artística desafiou o encontro entre diferentes mulheres em situação de monoparentalidade. O exercício da expressão e criatividade impeliu a uma prática da escuta, da atenção, da presença, do cuidado, da proximidade, consigo e com as outras, capaz de gerar empatia, partilha, energia e força comum.

Neste processo, entre águas tranquilas e águas revoltas, foram surgindo histórias de vida marcadas com a etiqueta “FRÁGIL” ou “NÃO TOCAR”. Algumas destas histórias são tão íntimas que viviam bem lá no fundo, escondidas, a pedir para não serem tocadas ao mesmo tempo que soltavam pequenas pontas, como se afinal quisessem vir à superfície. Outras, estavam bem ali, debaixo da almofada, sempre pulsantes, a não deixar dormir. E ainda aquelas que andam sempre a tiracolo porque são para todos os dias. A partilha destas histórias criou identificação e sentido de pertença, mas também angústia, constrangimento e desassossego. E talvez tenha sido sobretudo o incómodo a sedimentar a vontade e a coragem de levar estas histórias a mais pessoas através deste espetáculo, no qual elas já não pertencem à esfera do pessoal, mas são assumidas no seu todo como a dramaturgia de um coletivo. PULSAÇÕES surge assim como um manifesto de desconfortos e inquietações que transportamos (e que tantas vezes relegámos), e do desejo de que estes possam vibrar para além de nós, que possam “chegar a quem está desse lado”*, que possam “fazer isto mudar”*.

O projeto VELEDA é promovido pela Beira Serra com a direção artística da Quarta Parede e é desenvolvido em parceria com os Municípios de Belmonte, Covilhã e Fundão, MDM – Movimento Democrático de Mulheres e UBI – Universidade da Beira Interior e com o apoio da iniciativa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social da Fundação Calouste Gulbenkian.

Ficha Artística e Técnica

Cocriação e interpretação: Alice Duarte, Cecília Zacarias, Elizabete Gonçalves, Hortense Trindade, Isabel Rocha, Laura Garcia, Rosa Figueira, Tânia Simões, Verónica Gonzalez, Zita Pires Direção Artística: Sílvia Pinto Ferreira Conceção Sonora: Defski Direção Técnica e Luz: Pedro Fonseca Movimento: Maria Belo Costa Consultoria Artística: Rui Sena Coordenação do Projeto: Marisa Marques Consultoria Social: Catarina Sales Sessões Direitos Laborais: Mónica Râmoa Comunicação: Beira Serra – Associação de Desenvolvimento/Quarta Parede Fotografia: Bruna Kievel Captação e edição de vídeo: Luís Baptista Design Gráfico: Rui Gonçalves

Agradecimentos: A todas as voluntárias envolvidas nas atividades com as crianças (Alicia Pires, Beatriz Mendes, Carolina Mendes, Cristiana Torrão, Débora Nascimento, Érica Santos, Florência Carvalho, Lara Damião, Matilde Damião, Matilde Garcia, Patrícia Pires), a todas as mulheres que têm estado no projeto VELEDA e que estão connosco neste espetáculo e as equipas da Biblioteca do Fundão e do Teatro das Beiras por partilharem os seus espaços connosco, que foram uma segunda casa nestes dias de ensaio.

Área artística: Teatro
Duração: aprox. 60 min
Classificação Etária: M/12 anos





Festival Y#17 – Programação

13 05 2021
Cartaz: José Manuel Castanheira

É sempre uma enorme alegria apresentar uma nova programação do Festival Y, apesar de todos os constrangimentos, dificuldades e sobressaltos por que a cultura tem passado. Os cruzamentos inerentes à natureza do Y, surgem nesta edição particularmente reforçados por projetos artísticos para todos os públicos e de áreas tão diversas quanto as artes visuais, a dança, a música, os novos media, a performance e o teatro. E porque não podemos desligar estas interseções do território que habitamos, propomos uma residência artística e um projeto de cocriação que laboram com matérias ligadas ao local e às suas pessoas. Aqui, salientamos a produção do concerto das Adufeiras do Paul com o músico Defski, num cruzamento entre tradição e contemporaneidade com a cultura local a deixar uma marca importantíssima na programação do Festival Y#17.


Também no sentido do “fazer com”, desenvolvemos o Y PÚBLICOS com ações de mediação e formação artística dirigidas a diferentes segmentos de público e que acompanham todo o festival.


Esta 17ª edição é, pelo segundo ano consecutivo, um Festival com características atípicas devido aos necessários ajustamentos, o que sem dúvida, desvirtuou o programa inicial. Mas estamos aqui, com todos os artistas e parceiros que desde o início construíram connosco este festival, e já a olhar para 2022.

BARBECHO > Natxo Montero

27.05.2021 I 19h00 I Auditório Teatro das Beiras I Covilhã

Integrado no projeto Do outro lado/Al outro lado com La Fundición-Bilbau

© Gabo Punzo

Sinopse

Barbecho (em português pousio) é uma reflexão sobre o próprio processo de criação. Um percurso de movimentos e coreografias em que afloram diferentes questionamentos ao redor da peça e como se posicionam os criadores em relação a esta. O estado de pousio possibilita-nos deixar a pressa, as obrigações, oferecendo-nos o mero feito de estar e de esperar que se passe algo ou não. Barbecho é o repouso, a necessidade de mudança, arejar para sair renovado e enfrentar de novo o quotidiano. O lazer é jogo e jogar é o pousio da alma.

Ficha Artística

Direção artística: Natxo Montero I Assistente de direção: Pako Revueltas I Criação e interpretação: Laia Cabrera e Natxo Montero I Desenho de luz e fotografia: Gabo Punzo I Vestuário e cenografia: Estiling I Vídeo: Alaitz Arenzana I Música: Fragmentos A.Vivaldi, J.S.Bach

Área artística: dança I Duração: 65min I Classificação etária: M/6

MORRER NO TEATRO > Alex Cassal

09.06.2021 I 20h30 I Cine-Teatro Avenida I Castelo Branco

©Bruno Simão

Sinopse

Morrer no Teatro é um quase-monólogo sobre a morte e o teatro. Partindo de uma premissa comum ao imaginário do cinema-catástrofe – um grupo isolado de sobreviventes que devem construir um novo modelo de sociedade – um ator narra o futuro que nos espera se ficarmos presos aqui, nesta sala de espetáculos. Uma narrativa que costura descrições de velórios, receitas antropofágicas, orgasmos transcendentais e uma fina seleção de excertos da dramaturgia universal.

Ficha Artística

Texto e encenação: Alex Cassal I Interpretação: Marco Paiva (e um ator amador local) I Luzes: Tomás Ribas I Cenário: Alex Cassal e Aurora dos Campos I Coreografia: Márcia Lança I Pesquisa dramatúrgica: Joana Frazão I Produção executiva: Carlos Alves e Daniela Ribeiro I Produção: Má-Criação I Coprodução: Maria Matos Teatro Municipal

Área artística: teatro I Duração: 1h30 I Classificação etária: M/14

Residência Artística TRANSIENT BOUNDARIES > Frederico Dinis

12.07.2021 a 16.07.2021 I Covilhã

© Frederico Dinis

Sinopse

Transient Boundaries é um projeto de investigação e de criação artística (practice-as-research) inspirado no património material e imaterial associado aos lanifícios da Covilhã e que se enquadra na área da performance audiovisual site-specific. Tem como propósito explorar a natureza diversa do som e sua relação com a imagem, estabelecendo uma ponte com a reconstrução de uma envolvente sensorial que remete para lugares (des)conhecidos e procura gerar interpretações diversas.

Ficha Artística

Conceito, gravação, edição, som, imagem e composição: Frederico Dinis I Produção: Quarta Parede – Festival Y#17 I Apoio: Quarta Parede, Pensamento Voador, CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, ObEMMA – Observatory of Electronic Music and Media Art

Área artística: novos media/arte site-specific

ADUFEIRAS DA CASA DO POVO DO PAUL & DEFSKI

15.07.2021 I 19h00 I Auditório Teatro das Beiras I Covilhã

© Pedro Seixo Rodrigues © créditos reservados

Sinopse

Vinte e quatro anos após editar um tema em que mesclou ritmos eletrónicos e cantos polifónicos da Beira Interior, Defski (percurso artístico iniciado no coletivo de músicos covilhanenses Factor Activo) junta-se às Adufeiras do Paul (projeto de vozes femininas que recupera não só instrumentos tradicionais mas também literatura popular, ligando-os enquanto jogo rítmico e poético). Da íntima relação com a região beirã, (re)criam contextos sonoros deste território, estabelecendo novos ritmos de passagem.

Ficha Artística

Interpretação: Adufeiras da Casa do Povo do Paul/Adriana Oliveira, Aurora Geraldes, Catarina Geraldes, Céu Ferreira, Fernanda Oliveira, Graça Agostinho, Gracinda Cipriano, Gracinda Lopes, Ilda Vaz, Isabel Santos, Leonor Narciso, Lúcia Oliveira, Maria José Barata, Neuza Rocha, Paula Santos, Rosa Valezim, Rufina Mendes, Teresa Fabião I Composição musical partilhada: Adufeiras da Casa do Povo do Paul e Defski I Produção: Quarta Parede – Festival Y#17

Área artística: música/cruzamentos artísticos I Duração: 45min I Classificação etária: M/6

ANTIPRINCESAS-CLARICE LISPECTOR > Cláudia Gaiolas

25.07.2021 I 11h00 I Auditório Teatro das Beiras I Covilhã

© José Frade

Sinopse

“Clarice Lispector” faz parte de uma série de espetáculos criados por Cláudia Gaiolas a partir da coleção “Antiprincesas”, sobre mulheres que marcaram a história. Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, numa aldeia que não figura no mapa de tão pequena e insignificante. Os seus pais fugiram da guerra e foram parar ao Brasil, onde Clarice cresceu e se tornou uma grande escritora. Escrevia sobre os mistérios do universo e da alma humana, mas também sobre galinhas fugitivas, coelhos pensantes e um cachorro que comia cigarros.

Ficha Artística

Direção e interpretação: Cláudia Gaiolas I Assistência de direção: Leonor Cabral I Dramaturgia: Alex Cassal I Cenografia e figurinos: Ângela Rocha I Fotografia: José Frade I Produção executiva: Armando Valente I Coprodução: Teatro Meia Volta e Depois à Esquerda Quando Eu Disser e São Luiz Teatro Municipal

Área artística: teatro I Duração: 35min I Classificação etária: M/3

OS FILHOS DO MAL > Hotel Europa

05.08.2021 I 21h30 I Cine-Teatro Avenida I Castelo Branco

© Estelle Valente

Sinopse

Os Filhos do Mal investiga a relação que as gerações que cresceram depois do 25 de Abril de 1974 têm com o Estado Novo e que memórias é que lhes foram transmitidas desse mesmo passado. O espetáculo reflete em particular sobre os “filhos” de opositores do regime em confronto com outros cujos “pais” eram apoiantes da ditadura portuguesa. Em cena, os “atores” são pessoas reais, encontradas através do processo de recolha de testemunhos, representando ali as suas próprias histórias.

Ficha Artística

Criação: André Amálio I Cocriação e movimento: Tereza Havlíčková I Assistente de criação: Cheila Lima I Interpretação: Ana Rita Ferreira, Ana Sartóris, João Esteves, Marta Salazar Fernandes, Paulo Quedas e Rita Tomé I Cenografia: Sara Franqueira I Criação Musical: Pedro Salvador I Desenho de luz e operação: Joaquim Madaíl I Produção Executiva: Maria João Santos I Produção: Hotel Europa I Coprodução: São Luiz Teatro Municipal I Fotografia: Estelle Valente

Área artística: teatro documental I Duração: 1h30 I Classificação etária: M/12

DESENHOS EFÉMEROS > António Jorge Gonçalves

29.09.2021 I 21h30 I Cine-Teatro Avenida I Castelo Branco

© Paula Delecave

Sinopse

Trabalhando em articulação com os estímulos sonoros, o artista desenha com o auxílio de mesa e caneta digitalizadora e uma versão do software Photoshop configurada por si para uso performativo. Sem recurso a material pré-gravado respondendo a estímulos sensoriais do momento, os desenhos privilegiam uma dinâmica analógica própria de um ato performativo. As imagens, em permanente metamorfose, habitam o espaço ora como suas personagens ora como cenografias mutantes.

Ficha Artística

Artes Visuais: António Jorge Gonçalves I Música: João Clemente e Nuno Santos Dias

Área artística: novos media/artes visuais I Duração: 50min I Classificação etária: M/6

TRANSIENT BOUNDARIES > Frederico Dinis

16.10.2021 I 21h30 I Auditório do Teatro das Beiras I Covilhã

© CCVF Guimarães

Sinopse

Transient Boundaries é uma performance audiovisual inspirada no património material e imaterial associado aos lanifícios da Covilhã, um território cuja atmosfera tem a capacidade de nos transportar para novas dimensões dos lugares que o integram. Trata-se de um território vivo que se tornou num valor universal, reconhecido pela sua história, e cuja memória preservada nestes lugares remetem para um sentido metafórico de complementaridade, espacial e de natureza geográfica.

Ficha Artística

Conceito, gravação, edição, som, imagem, composição e interpretação: Frederico Dinis I Produção: Quarta Parede – Festival Y#17 I Apoio: Quarta Parede, Museu dos Lanifícios da UBI, New Hand Lab, Pensamento Voador, CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, ObEMMA – Observatory of Electronic Music and Media Art I Agradecimentos: ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa, Tinturaria/Câmara Municipal da Covilhã

Área artística: performance audiovisual/arte site-specific Duração: 45min I Classificação etária: M/6

GESTOS INVISÍVEIS > Sonoscopia

Dia e hora: a confirmar I Local: a confirmar I Covilhã

© Nuno Martins

Sinopse

Partindo da invisibilidade do gesto eletrónico como elemento de exploração musical e cénica, a Sonoscopia propõe um quarteto em que a eletrónica digital do duo de Miguel Carvalhais e Pedro Tudela (também conhecido por @c) encontra os instrumentos percussivos customizados de Gustavo Costa e a luz e vídeo em tempo real de Rodrigo Carvalho. Em palco cruzam-se perspetivas musicais que têm como ponto comum a experimentação e que renovam as linguagens das vanguardas musicais, dando origem a um espaço luminoso, intenso, e invisivelmente expressivo.

Ficha Artística

Percussão: Gustavo Costa I Computador: Miguel Carvalhais e Pedro Tudela I Visuais: Rodrigo Carvalho I Produção: Sonoscopia I Apoio: ARTWORKS

Área artística: música experimental I Duração: 40min I Classificação etária: M/6

Y PÚBLICOS

O Y PÚBLICOS valoriza o envolvimento, participação e formação dos públicos para e com as artes contemporâneas. Propõe-se um conjunto de ações orientadas pela transversalidade entre as artes performativas e outras áreas artísticas, do conhecimento e da vida, algumas da quais conectadas com espetáculos do Festival Y#17.

Comunidade de Espetadores

Encontros informais entre público e artistas para partilha de sentidos sobre espetáculos do Festival Y#17. Uma oportunidade para conhecer mais a fundo os artistas e os seus processos criativos.

15.07 > Adufeiras da Casa do Povo do Paul & Defski
25.07 > Antiprincesas-Clarice Lispector
16.10 > Transient Boundaries

Laboratório de Artes Performativas Sénior

Já no seu quarto ano de atividade, o LabSénior é um projeto de artes performativas dirigido a seniores. No biénio 2020-2021, a tradição oral da Cova da Beira é o ponto de partida para a exploração do teatro, da narração de histórias e da música.

De fevereiro a dezembro (semanal) I Local: Centro Ativ’Idades/Covilhã. Participação gratuita sujeita a inscrição.
Direção artística: Sílvia Pinto Ferreira I Composição sonora: Defski

Interseções

Oficinas a partir do trabalho desenvolvido no LabSénior em 2020-2021 para público em geral e público escolar. Participação gratuita sujeita a marcação.
Participantes: LabSénior I Direção artística: Sílvia Pinto Ferreira I Composição sonora: Defski

BILHETEIRA E RESERVAS

COVILHÃ > Teatro das Beiras
Travessa da Trapa, 2, 6200-216 Covilhã

Horário de bilheteira
2ª feira a 6ª feira: 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00 I Dias de espetáculo, bilheteira aberta 1h00 antes de cada espetáculo

Reservas de bilhetes
Tel. 275 336 163 I geral@teatrodasbeiras.pt

Preços Bilhete
Bilhete geral: 6,00 €
Bilhete c/desconto: 3,00 € (<25 anos, >65 anos, estudantes, profissionais do espetáculo, trabalhadores ADC, sócios INATEL)
Bilhete Público escolar: 1,00 €

CASTELO BRANCO > Cine-Teatro Avenida
Avenida General Humberto Delgado, 6000-081 Castelo Branco

Horário de bilheteira
3ª feira a sábado: 14h00 às 19h00 | Dias espetáculo: 1h00 antes de cada espetáculo

Reserva de bilhetes
Tel. 272 349 560 | bilheteira.ctavenida@gmail.com

Preços Bilhete
Bilhete geral: 5,00 €





Apresentação Festival Y#17-festival de artes performativas

13 05 2021

É com enorme alegria que apresentamos a programação do nosso e vosso Y#17. De maio a setembro, na Covilhã e Castelo Branco. Nesta edição os cruzamentos inerentes à natureza do Y surgem particularmente reforçados por projetos artísticos para todos os públicos e de áreas tão diversas quanto as artes visuais, a dança, a música, os novos media, a performance e o teatro. O programa conta com 8 espetáculos, 1 residência artística e 1 projeto de cocriação de um concerto.





FESTIVAL Y#17

23 04 2021

Na semana de abertura dos auditórios divulgamos a data de início do Festival Y#17 – festival de artes performativas, no dia 27.maio.2021 com o espetáculo de dança BARBECHO de Natxo Montero, no Auditório do Teatro das Beiras, Covilhã, pelas 19h00. BARBECHO reflete em torno do próprio processo de criação, da necessidade de mudança, de repouso e de renovação.


Este espetáculo está integrado na parceria internacional Do Outro Lado/Al Otro Lado entre a La Fundicion e a Quarta Parede, que prioriza o intercâmbio entre artistas bascos e portugueses. A La Fundicion de Bilbao é uma estrutura de criação, internacionalização e sensibilização nas áreas artísticas da dança e do teatro.  





Mapa de Atividades 2020

17 03 2021

Convidamos a conhecerem um pouco mais sobre o nosso trabalho através do documento “Mapa de Atividades” que reflete o exercício de mostrarmos e divulgarmos um pouco mais sobre a Quarta Parede, assim como, reconhecer as pessoas, estruturas artísticas, parceiros, financiadores e meios de comunicação que trabalharam conosco ao longo de 2020.

Acesse o link para descarregar o documento: